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11/08/2013

Dia Dos Pais


Foto: Reprodução

O Conta News está em ritmo de festa, (ritmo, é ritmo de festa, ma Oe.. empolguei) dia dos nossos papais. Buscamos palavras. Significados. Agradecimentos.  Escrevemos. Amassamos papéis. Começamos de novo.Trocamos de caneta. Não achamos as palavras certas. Muito obrigado é pouco. Começamos a puxar nosso cabelo para vê se sai algo. Andamos de lá para cá. Pensamos. Lembramos-nos de momentos. Choramos.  As horas correm. O papel continua em branco. Faltam poucas horas para acabar o grande dia. A melodia não rima. Possuímos um longo caminhar ao lado de nossos pais. Passamos por vários momentos bons ou ruins. Temos histórias. Construímos um laço amoroso antes mesmo de nascer. Pontes indestrutíveis nos ligam. Abrigamos um amor incondicional um pelo outro. Ensinamentos que guardamos no fundo dos nossos corações. Risos pelo mau jeito em nos pegar no colo. Lembranças. Orgulho. Sonho em torná-los imortal. Honra por ser filho de nossos Pais. Para o melhor Pai de todo mundo, Feliz dia dos Pais.

07/08/2013

Morando em outro País.

E aí Pessoal? Hoje vocês conheceram uma pessoa muito importante para mim. Podem passar os anos que forem, estará sempre ao meu lado, nossa sincronia será a mesma e teremos nosso jeitinho de irmã uma com a outra, isso jamais mudará. (fazendo suspense rs) Deixando o suspense de lado, essa pessoa especial se chama Alessandra e é minha amiga há 19 anos. Caminhamos juntas e escrevemos nossa história, uma do lado da outra. Claro, que como qualquer criança, tivemos nossas briguinhas, mas o sentimento falava mais alto e logo, estávamos ligando para a outra, onde passávamos horas, isso porque tínhamos nos visto a manhã inteira. Os anos passaram, pessoas se foram, mas a gente não se desgrudava. Tínhamos até um ritual de sexta-feira, o dia do pastel.... aiai temos tantas histórias que se eu contar todas fico aqui por horas e vocês acabam dormindo. Ao longo da vida, sempre nos aparecem obstáculos em que não esperamos passar, com nossa amizade não foi diferente. Certo dia, recebi a notícia que minha melhor amiga estava indo para o outro lado do mundo, literalmente, o Japão. Ficamos arrasadas, mas dávamos nosso jeito, conversávamos por cartas. (computador não era o forte da época) Passamos 7 anos separadas, mas nada rompeu nossa amizade, só fortaleceu. Agora que vocês já sabem um pouquinho da nossa história, vamos acompanhar nosso bate-papo de como foi essa experiência em outro país e conhecer um pouquinho do Japão? 

Foto: Reprodução
Como foi a decisão de morar em outro país?
- Bom na verdade a decisão foi tomada pelos meus pais na época, por vários motivos, financeiros e a vontade de conhecer o Japão falaram mais alto.

Quantos anos você tinha?
- Fui pra lá com 13 anos.

Como foi a sua preparação para essa experiência fora do Brasil?
- Na verdade foi um pouco corrido, ir atrás dos documentos, conseguir o visto e nos preparar para tudo, pois era a primeira vez que iríamos viajar para fora do Brasil.

Quais foram as maiores dificuldades que você enfrentou?
- O idioma, pelo fato de saber apenas as palavras bem básicas e não compreender o que os outros estão falando. E também os terremotos.

Qual foi a parte mais fácil - se teve?
- Educação, cultura.

Em todo esse tempo que morou no Japão, quais foram os acontecimentos que mais te marcaram?
- Terremotos, a pior sensação que pode existir no mundo. Conquistas: As viagens que fiz para fora do Japão, em outubro de 2009 para Cingapura e janeiro de 2010 para a China.

O que os estrangeiros pensam sobre os brasileiros?
- Alguns nos vêm de forma preconceituosa, infelizmente, porém os outros ficam espantados com a nossa simpatia, já que os japoneses são bem frios em relação as pessoas que não conhecem.

Como foi a recepção dos mesmos em relação a você?
- Em minha opinião fomos bem acolhidos pelos japoneses, muitos tentavam nos ajudar quando íamos comprar algo nas lojas de conveniências.

Você aprendeu a cozinhar algum prato típico?
- Sushi, vale? rs É aprendi em um curso de gastronomia que frequentei durante 1 ano. Após cursar gastronomia, resolvi fazer um blog voltado para a gastronomia e curiosidades sobre o Japão, acesse: alittleofjapan.blogspot.com / facebook.com/ReceitasDasChukus / Twitter: @alittleofjapan

 Em termos de horários, cultura... como funciona?
- Pontualidade, é incrível como lá no Japão as coisas realmente funcionam, se você bobear por causa de menos de 1 minuto você pode perder ônibus ou trem. Disciplina e Educação são as palavras que resumem a cultura japonesa.

O que você fazia para se diverti com seus amigos?
- Normalmente íamos para o cinema, game center, shopping e todas as vezes tínhamos que passar em um lugar para tirar o famoso "purikura" que são aquelas fotinhas adesivas que você consegue enfeitar, gastei horrores com aquilo rs...

Que atividade adotou e que são tipicamente japonesas?
- Tirar os sapatos antes de entrar em casa. Tem lugares que ainda faço isso.

Qual o balanço você faz do tempo que morou no Japão?
- Foi uma experiência e tanta, que levarei comigo para sempre.

O que mais te impressionou na diferença de rotina que passou a ter por lá?
- O trabalho por ser mais exaustivo do que aqui e pelo fato de falar praticamente 13 horas somente em japonês.

Que hábitos do Japão você gostaria que as cidades brasileiras também possuíssem?
- Sinceramente todos. RS Primeiramente a Educação em geral e Honestidade, pois um bom País se faz com pessoas educadas e honestas.

Que características do povo japonês você acha que adotou pra si?
- Os gestos, jeito de falar.

Quais as vantagens de se morar em outro país?
- Adquirir experiência, conhecer novas culturas, novos lugares e aprender novos idiomas.

Quais as desvantagens?
- Ficar longe da família e dos amigos.

Deu pra fazer tudo que queria desde que pisou pela primeira vez no Japão?
- não, infelizmente. Não escalei o Monte Fuji e nem pratiquei snowboard, o Japão é bem grande, há vários lugares lindos para conhecer, o duro é conseguir tempo para ir, porque dinheiro, você consegue.

Como pessoa e como profissional, quais foram as lições e o aprendizado que você adquiriu nesse período?
- Como pessoa, a educação e a disciplina deles me ajudaram a crescer bastante, e como profissional, ser padrão.

Você pretende novamente morar em outro país? Qual e por quê?
- Sim, ou voltarei para o Japão ou para Cingapura, pois, são os dois países que realmente conseguiu me encantar, pela cultura, tradição e pelo povo.

Como foi a decisão de voltar para o Brasil?
- De inicio iria voltar sozinha para ficar 6 meses para poder tirar a carteira de habilitação, porém, meus pais resolveram voltar junto e acabei ficando por aqui mesmo.

Depois de tanto tempo, o que estranhou... o que sente muita saudade?
- Dificuldade de se fazer tudo aqui no Brasil. E o que sinto falta? Praticidade, pontualidade e é claro das lojas de conveniências, das máquinas de suco, sorvete e cafés a cada esquina e andar sem nenhuma preocupação, paz, tranquilidade. Desculpa.. Sou suspeita em falar do Japão, por isso paro por aqui rs

Com essa experiência vivida por você, quais as orientações e dicas que você pode deixar para alguém que tem o desejo de morar e trabalhar em outro país?
- Planejar bastante, traçar uma meta e um objetivo a ser cumprido e não desviar dos mesmos no meio do caminho, lembre-se que você estará fora do seu país, por isso é sempre bom ter uma poupança, caso precise voltar de imediato.



Obrigada, Alessandra, por ter participado comigo desse bate papo tão legal aqui no Conta News. Foi bem divertido!

21/07/2013

O Brasil cresceu e não evoluiu, diz Giobbi

Vou começar o post de hoje pedindo desculpas por abandonar o blog. Desculpa, desculpa e desculpa! Como vocês sabem, mês de junho começam as provas finais, matéria do semestre inteiro para estudar, aquela loucura toda, mas graças a Deus eu passei em tudo. E logo em seguida fui viajar para Garça- interior de São Paulo, em que voltei essa semana- deixo os detalhes da viagem para o próximo post, só estou tentando me redimir com vocês e espero que me entendam. Hoje eu vou postar a entrevista com o jornalista Cultural, Cesar Giobbi, que realizei no semestre passado, onde eu contei como foi o dia para vocês AQUI. Vamos lá? :)

Foto: Reprodução

Cesar Batista Giobbi  é jornalista desde 1972, já trabalhou em veículos de destaque na imprensa brasileira, tais como Jornal da Tarde onde foi editor de Variedades, crítico de arte e repórter especial da área cultural. Em 1993, voltou para o Estadão, como colunista, com uma página diária, por 14 anos. Trabalhou também na Rádio Eldorado e Rádio Bandeirantes, falando sobre o terceiro setor, cultura, cidadania e comportamento. E Na TV Cultura como apresentador, no Canal Rural, e durante dez anos manteve um quadro semanal sobre programação cultural em São Paulo, no programa Amaury Jr, nas TVs Band, Record e RedeTV.
Foi e é articulista de várias revistas nacionais da área de cultura e estilo, como Vogue, Cidade Jardim, e revista Oscar.Em 2007, tinha um site voltado para cultura, estilo de vida, comportamento e laser.
Com uma carreira sólida dentro do jornalismo Cesar concebeu uma entrevista, onde falou sobre o jornalismo cultural, confira:

O que te levou a trabalhar com jornalismo cultural?
Cesar: Na verdade foi coincidência, eu estava no jornal da tarde, comecei como estagiário, era repórter da geral, ai eu fui ser copy (é uma coisa que não existe mais), o copy desk  era um jornalista que fazia o fechamento, então os repórteres traziam as matérias que eram editadas na página e a gente tinha que por a matéria no tamanho, então tinha que cortar, as vezes tinha que reescrever por o repórter não era tão bom de texto ou fazia uns erros, a gente tinha que consertar tudo aquilo e dar titulo, olho, legenda...fechava e descia, essa era uma figura que não existe mais, hoje em dia o repórter já é o fechador né? Naquela época não era e ainda passava por uma revisão, tinha três estágios. Eu sempre tive ligação com artes, eu sou filho de colecionador e começaram a me pedir matérias, eu tava no copy da internacional e me pediam matéria sobre arte para o departamento de variedades, um belo dia me chamaram pra ser copy da variedades e lá eu fiquei 14 anos ou coisa do gênero, fui editor, pauteiro, e ai com esse tempo todo além de me familiarizar com o assunto eu me familiarizei com o universo, então eu era amigos de todos os atores, dos diretores de teatro, a turma da música, dos maestros, dai veio essa minha convivência com o mundo cultural.
O que influenciou e influencia na sua vida? Teve alguma melhora desde que você começou a ter um contato maior o com a arte, ou não? Como você disse já veio de pequeno né.
Cesar: pois é, isso é uma coisa que ta intrínseca na minha vida eu sempre tive essa convivência, eu era criança e a minha mãe colocava musica clássica pra gente ouvir e contava uma historia em cima daquela musica e nós éramos crianças quatro, cinco anos e depois era engraçado por que os desenhos animados de quando eu era criança o fundo musical era sempre de musica clássica, então depois a gente ia nos consertos e escutava as musicas e eu e o meu irmão a gente reconhecia "a olha lá o pica pau" e a gente já tinha aquele ouvido e o meu pai começou a comprar arte e antiguidades e a gente era muito criança e já convivia com isso sempre e então eu passei o resto da minha vida gostando de teatro, de música erudita, de música popular...enfim
Quando você começou e hoje em dia. Ocorreu alguma mudança na cultura?
 Cesar: não... Quando eu era moço, no meio da ditadura a gente teve um momento cultural tão importante no Brasil que eu não acho que ele tenha sido superado, entre os ano 60,70 toda a criação foi tão rica, tudo que a gente via no teatro, a música popular era muito importante, a música erudita, enfim. Cresceu de tamanho, mas por que o Brasil cresceu de tamanho, não evoluiu em qualidade não, eu não acho.
Você passou por vários veículos e vários tipos de mídia diferentes, como rádio, TV e jornal impresso. Qual a diferença de falar de cultura de uma mídia pra outra? Tem diferença na linguagem?
Cesar: eu acho que é a mesma linguagem. Claro, quando você escreve você consegue ser um pouco mais analítico eu acho, você pode parar e pensar no que você vai dizer, pensar naquela frase direito, é diferente de você pegar um microfone no radio e sair falando sobre um espetáculo que você viu no dia anterior, é uma coisa muito mais coloquial, mas superficial, exatamente por que você não tem esse tempo de reflexão.
Como funciona a escrita em uma coluna social?
Cesar: Olha, você pode ser sofisticado no escrever, mas sempre a coluna social ta dentro de um jornal e a linguagem de um jornal tem sempre que ser clara e fácil por que não tem outro jeito de fazer jornal, eu trabalhei com jornal diário quase a minha vida inteira, por mais de 40 anos.
Então como colunista social nos dias de hoje, é difícil falar sobre cultura?
Cesar: Não, não deveria ser não, acho até que deveria ser obrigatório, por que é um canal de muita leitura, então é onde realmente você pode orientar, sabe? Aconselhar, “vai ver isso, vai ver aquilo” e o leitor é muito receptivo.
Como você definiria o jornalismo cultural?
Cesar: Eu diria que dentro de uma redação – as pessoas não gostam muito disso- mas a gente que é do meio cultural acha que é a nata de uma redação, é onde estão as cabeças mais pensantes e mais sensíveis e onde às vezes tem os melhores textos, eu acho que é uma coisa natural, por que quem faz jornalismo cultural, já é um jornalista com tendências pra escrever, ou pra ser poeta, ou pra ser músico, ou seja já tem alguma inclinação pra um ramo da cultura. Então eu acho que o jornalismo cultural é nata de uma redação, claro que tem exceções tem jornalistas brilhantes de economia, de politica... as grandes colunistas de politica nacionais a Dora Kramer, a Eliane, tem um texto incompreensível, o texto delas é maravilhoso.
O senhor acha que ocorre algum preconceito por parte dos outros jornalistas pelo fato de escrever uma coluna social?
Cesar: a com certeza, a imprensa não gosta, a imprensa em geral não gosta. Eles consideram um trabalho menor..acham que não tem consistência, substância, acham que é superficial, mas com certeza tem. Quer dizer você tem que ser muito bacana e ficar a cima disso e mostrar que você não ta fazendo só colunismo social que você ta fazendo crônicas da cidade, crônicas de comportamento pra te respeitarem, se não, não te levam a sério.
Como foi escrever uma página diária por tanto tempo? Tinha assunto sempre pra escrever?
Cesar: Assunto nunca faltava, pelo contrário sobrava, é claro que tinha uma equipe que me ajudava, mas a gente nunca ficava estressado com a falta de noticia, é claro que a primeira semana que eu assumi aquela coluna eu tinha uma pagina em branco todo dia e não tinha anuncio ainda, e depois teve uma época que eu tive que brigar com anunciante se não eu não tinha pagina mais, mas no começo não tinha, era uma pagina livre todo dia, então eu fiquei meio estressado, mas depois eu percebi que aquilo fluía normalmente.
A critica/crônica sempre lutam por um lugar no jornal, mas elas só entram quando sobra espaço.... Como você lidava com isso?
Cesar: Bom, eu tinha um espaço dado, eu podia fazer o que eu quisesse com aquele espaço se eu quisesse fazer critica e crônica naquele dia eu podia, agora claro que o espaço da critica cultural num jornal é diminuto, por que um jornal ele vai sempre dar preferencia para a noticia, se tem, por exemplo, a estreia do Caetano amanhã e tem a critica da orquestra que foi ontem e não vai se repetir o que você da? Você da a estreia do Caetano, então eu acho que a analise e a critica vão ser sempre preteridas em matéria de espaço.
Porque você suspendeu seu site?
Cesar: estou transformando num blog, por depois de tantos anos eu não quero mais ter um compromisso com a noticia, com o dia a dia, com o que ta acontecendo, eu não quero mais noticiar, eu só quero escrever o que eu quiser, parecendo um diário... saber, vai ser um diário, quem tiver curiosidade de ler o que eu to pensando vai estar lá, como eu ponho no facebook o mesmo texto, eu já tenho um leitor cativo ali e vou pegar o residual dos leitores do meu site.
Quais pontos devem ser levados em consideração na hora de opinar sobre algum artista, obra, exposição?
Cesar: eu acho que a primeira coisa é a emoção, eu acho que a primeira coisa é sempre o impacto emocional que você teve ao ver aquilo, quer dizer se a coisa te pegou ela é boa por alguma coisa, vamos analisar o que é que te emocionou daquele jeito e se você ficar la assim, como aquela cara daquele jeito, olhando pro relógio toda hora é por que alguma coisa ta errada, ai você vai analisar o por que aquilo tava errado, por que não te chamou a atenção, não te emocionou, ai a cabeça começa a ir buscar a razão.
O senhor sofreu censura em algum momento de sua carreira?
Cesar: Não, no estadão nunca... Não, eu não lembro de nada que pode ter sido assim... alguma vez mas assim, foram coisas que eram idiossincrasias do Estadão, de coisas por exemplo, tinha gente que as vezes não podia falar por que tava brigado com alguém, sabe? Alguém tinha se indisposto com alguém, então a gente era solicitado a não mencionar tal pessoa e tinha uma época que tinha palavras proibidas lá no Estadão, mas era por causa de  duplo sentidos e coisas do gênero...eles se irritavam quando eu fazia editoriais de politica ai vinha um recadinho assim “lembre-se que editoriais são na página 2, não na coluna social”, ta bom... ai eu ficava uma semana sem fazer isso e depois fazia de novo, quer dizer, eu sempre tive uma relação tão boa com o Estadão de convívio, de respeito pelo meu trabalho, que eu nunca tive problemas.
 O senhor escreve para todas as classes sociais? Se não, qual classe desejaria alcançar?
Cesar: Olha, na verdade quando você escreve uma coluna social, você acha que você esta se dirigindo a um leitor de coluna social, você não sabe exatamente como ele é por que pode ser a milionária, mas pode ser a secretaria da milionária também e isso me surpreende porque acontece muito, mas agora... quando você faz televisão ai você não sabe realmente pra quem é, eu fiz dois anos de tv cultura, eu tinha um programa semanal de uma hora, super bacana sobre São Paulo, super variado e a gente apresentava vários aspectos da cidade e no fim tinha sempre uma entrevista. A TV Cultura a principio é uma tv elitista, e você sempre acha que é criança ou adulto que vê TV Cultura, por que ou tem programa infantil ou tem programa mais pesadão e tal, mas eu ficava por exemplo, nas viradas culturais eu saia pela madrugada o tanto de adolescente que chegava perto de mim e falava “ai o seu programa é super legal” e gente de periferia que eu não imaginava, mas depois é obvio né, quem não tem o cable, tem muito menos opção de zapping né? Então acaba caindo na TV Cultura com muito mais frequência do que quem tem aqueles 100 canais de televisão e ai eu percebi que a minha linguagem, que era sofisticada, por que era um programa super sofisticado, super bem feito, com uma edição de imagem super bacana e tudo, é uma coisa que me surpreendeu pra caramba, é uma coisa que você atira e não sabe onde vai cair .
O senhor acha que hoje em dia existem muitos jornalistas culturais opinativos? Ou prevalecem os informativos?
Cesar: Olha, tem muita gente que escreve muito bem, eu leio a Folha, o Estado, não leio muito os jornais do Rio, mas tem jornalistas muito preparados pra escrever sobre arte, sobre musica, sobre cinema, sobre teatro, sobre literatura, tem gente muito boa, em geral.. as vezes eles são jornalistas que se interessaram por um assunto e desenvolveram uma especialidade, num é gente que foi estudar isso pra depois escrever, isso você encontra na universidade, então as vezes o jornal publica textos de professores de áreas especificas, sobre um assunto especifico, mas os jornalistas que se especializaram em cinema, que nem o Merten e o Zanin Oricchio lá do Estadão, que escrevem sobre cinema... escrevem esplendidamente bem, sobre isso e sem ter feito uma faculdade de cinema sem ter estudado nada. Eles por exemplo, os dois que eu citei.. quando eles cobrem Canes por exemplo ou um festival em Berlim, eles fazem a matéria informativa, sobre o que ta acontecendo, a entrevista que eles fizeram e depois num box eles fazem a critica do filme que eles viram, você não pode ser opinativo na matéria, isso continua proibitivo na imprensa quando você  informa, você informa, você no pode ter lado, quando você é critico... ai é uma critica separada, num box separado, ai você da a sua opinião.
Quanto tempo do seu dia é dedicado a redes sociais?
Cesar: Olha, hoje em dia muito... por que se você tem twitter, facebook, instagram e mais o e-mail você passa horas no computador, organizando aquilo, limpando, respondendo, é muito tempo.
Você acha que ficou mais fácil atingir mais pessoas, depois que surgiram as redes sócias?
Cesar: Com certeza é, agora criaram tanto canais de comunicação que agora pra você manter a sua comunicação com as pessoas, você tem que olhar aonde estão te requisitando, então tem e-mail que você tem que responder, tem o facebook que te perguntaram alguma coisa lá e você tem que responder, no twitter você tem que olha pra ver se você não esta sendo citado e você perde muito tempo, eu preferia que fosse um canal só o e-mail só pra comunicação e o resto só pra diversão mas infelizmente as pessoas já estão fazendo interlocução através de outros canais e tem mensagem de telefone também, mas essa eu acho mais rápida, você resolve mais rápido.
Cada jornalista tem seu estilo próprio na hora da escrita, o que sempre predomina nos seus textos?
Cesar: Eu percebo que quando eu faço televisão o meu texto é muito cumprido, o meu período é muito longo, então pra mim mesmo é complicado na hora do teleprompter eu tenho que estudar aquele texto, por que eu tenho que fazer uma pontuação automática pra poder respirar, então eu acho que o meu texto tem os períodos longos, é uma característica do meu texto, não é uma coisa assim... de tudo em frases pequenas.
Quando você vai falar a opinião de cultura, na TV Gazeta, o que você leva em consideração pra falar naquele dia, sobre que assunto, se saiu agora ou se é uma coisa do passado?
Cesar: Na verdade como é muito pouco tempo, é mais informativo do que opinativo, mas eu acho que quando você faz uma seleção, você já esta sendo orientativo pelo menos, não é emitir uma opinião mas você esta deixando de lado um monte de coisa que você acha que não vale a pena, então já é um funil, já é uma seleção.Na verdade é o que interessa a mim, eu boto uma coisa pessoal, o que eu to achando relevante naquela semana pra falar.
O jornalismo é informativo, mas as criticas são baseadas em algo que você viu e sentiu, então não é uma coisa muito técnica, tipo “a Dilma foi eleita”
Cesar: então, mas eu acho que quando você vai formar a sua opinião sobre o que você viu, quanto mais informação você tiver sobre aquilo, você vai estar mais embasado, mas preparado para ter uma opinião, o jornalista vai te preparar pra isso, ele vai contar tudo que esta acontecendo ou aconteceu nos bastidores, como nasceu aquela ideia, como foi adaptado aquele texto, no que o compositor se inspirou pra fazer aquela canção , por que ele mudou de gênero do ultimo show pra esse, ai você vai informado e analisa a volta que ele deu, a mudança a partir do ultimo disco pra esse ou que mudança sonora aconteceu, ou ele manteve o mesmo texto teatral da ultima vez, você vai muito mais preparado pra ter uma opinião, além do gostei ou não gostei, então eu acho que a informação cultural é muito importante. Tem que ter dados técnicos, pra você querendo ou não ter uma base. E depois, se o jornalista for dar alguma opinião, ai sim tem que dizer por que é bom ou por que é ruim. Não basta o dizer se gostou ou não por que se não fica muito subjetivo.

Espero vocês no próximo post, sobre a minha viagem e sobre a festa típica de Garça, chamada cerejeira. beijinhos, até logo.

10/05/2013

O grande retorno

Foto: Reprodução

O Rugby é um esporte coletivo de intenso contato físico, que carrega a filosofia básica que a sociedade busca para os jovens de hoje e do futuro, onde possibilitam educar, dar valores e formar jovens saudáveis, com mentalidade esportiva. Possui uma imagem de força, técnica, superação de limites, autocontrole, perseverança e o mais importante, trabalho em equipe. O ambiente é harmonioso e amigável, e foi assim que surgiu a tradição que chamamos de “Terceiro Tempo”, que acontece depois de uma partida, os jogadores anfitriões convidam os visitantes para uma confraternização. 
O esporte voltará a ser olímpico na modalidade de Sevens (com sete jogadores de cada lado), mas como Brasil é um país armador e as Olimpíadas ocorrerão no Rio de Janeiro, a secretaria do esporte está trazendo reforços para ajudar nossas seleções com profissionais com muita tradição, treinadores e colaboradores vindos da Nova Zelândia, atualmente a melhor seleção do mundo. Fernando Portugal (Capitão da seleção masculina) e a Júlia Sardá (Capitã da seleção feminina) concebeu uma entrevista para entendermos melhor sobre esse cenário e a situação do nosso país nessa modalidade tanto feminina como masculina, vamos acompanhar o que eles disseram sobre esse esporte que está crescendo cada dia mais no Brasil e no Mundo? 

O que te levou a trabalhar com o Rugby? 
Júlia: Eu comecei a jogar rugby a convite de uma colega da universidade. Fui no primeiro treino, me apaixonei pelo esporte e continuo até hoje. 
Fernando: A minha paixão e vontade de vivenciar cada vez mais os momentos que o rugby me ofereciam, fizeram com que acreditasse que seria possível viver profissionalmente desta modalidade. Além disso, acredito na filosofia do rugby e sei que contribuiu muito para a minha formação como homem e cidadão, então quero que mais pessoas se beneficiem disto.

Como surgiu esse amor pelo esporte? 
Júlia: Me encantei pelo espírito do rugby, pelas pessoas que estão envolvidas nele. Costumo dizer que é o esporte mais coletivo que existe, sozinha você não chega a lugar nenhum no rugby. 
Fernando: Sempre gostei muito de esportes. Pratiquei as mais diversas modalidades, tanto individuais, quanto coletivas. Mas gostava mesmo era de viver o esporte em equipe. Quando comecei a praticar o rugby o ambiente amistoso foi o que mais me chamou a atenção. É diferente desde o primeiro treino. Em outras modalidades existe muita competição, mesmo fora de campo. No rugby existe sim muita competição em campo, principalmente pelo contato físico, mas fora de campo as relações são muito mais amigáveis. Aí fui me apaixonando por esse ambiente, além de gostar muito do jogo propriamente dito e da superação e dedicação que ele exige. 

Qual sua impressão sobre o time Feminino e o Masculino?
Júlia: As duas seleções estão evoluindo bastante. São dois grupos com jogadores apaixonados pela modalidade e que se doam ao máximo para representar da melhor forma o Brasil. As seleções estão crescendo a nível internacional, quanto mais tivermos oportunidades de jogar campeonatos fortes, mais iremos evoluir.

Fernando: Confesso que no início o rugby feminino não me agradava, mas isso mudou bastante. Hoje as vejo com bons olhos e me orgulho do que a seleção feminina fez e está fazendo dentro do cenário do rugby sul-americano e mundial. Sobre a seleção masculina sou muito suspeito pra falar. Vivi tão intensamente cada passo da seleção nos últimos 14 anos, que minha história de vida se confunde com as atividades da seleção. Tenho um orgulho enorme. Não tivemos tantas conquistas expressivas historicamente, mas quebramos alguns tabus e colocamos a seleção em maior evidencia. Acho que evoluiremos muito mais, mas isso demandara ainda muito trabalho, perseverança e principalmente paciência. 
Quais os pontos fortes das equipes? 
Júlia: Acredito que quem pode analisar melhor o time masculino é o Portugal (capitão da equipe), mas sei que eles tem jogadores muito habilidosos e lutam muito dentro de campo. A equipe feminina tem como ponto forte a defesa e a união do grupo. Desterro Rugby Clube - Meu clube é um dos únicos times de ponta do Brasil que não tem uma sede, um campo próprio para treinos e jogos. Mas isso não tira a vontade dos jogadores, somos mais de 70 jogadores (entre adulto masculino e feminino e juvenil) e somos tricampeões brasileiros de XV masculino e o feminino é o atual campeão brasileiro de 7´s. O ponto forte do meu time é a vontade dentro de campo. No feminino o coletivo e a defesa se sobressaem.
Fernando: Cada equipe tem suas fortalezas e debilidades. Podem ser mais velozes e habilidosas e criarem, ou procurarem mais os espaços da defesa adversária, ou ter um jogo mais físico e frontal, enfrentando dentro de uma proposta de um contato físico mais intenso a defesa do adversário. Podem ainda ser mais, ou menos eficientes no jogo parado, que são a partir das formações fixas de lateral e scrum. Enfim, cada equipe, de acordo com as características de seus jogadores, desenvolve suas fortalezas de uma maneira bem específica. Meu clube possui muitos jogadores com alta qualidade técnica. É uma equipe veloz e que aproveita muito bem os erros e falhas da equipe adversária. Os jogadores são comprometidos e a grande maioria se dedica inclusive fora dos treinos de rugby, fazendo academia e mantendo uma alimentação balanceada, o que faz total diferença no desempenho. O clube possui excelente campo de treino e materiais suficiente para uma boa prática, além de uma equipe humana de treinadores, gestores e dirigentes muito completas e profissionalizadas. Trabalha intensamente com as categorias de base e desenvolve um projeto social incrível. O ponto forte do meu time é a velocidade e qualidade técnica e física dos atletas e saber aproveitar as falhas adversárias 

O Rugby foi aprovado para as Olimpíadas de 2016, o que isso representa para você? E o que você acha que isso muda no relacionamento do público com o esporte? 
Júlia: O rugby voltando a olimpíada faz com que o esporte receba mais incentivo e com isso a tendência é crescer cada vez mais no Brasil e no mundo. Eu espero que com relação ao publico, eles conheçam o rugby como um esporte de princípios, e se isso acontecer o relacionamento com o público vai ser o melhor possível.
Fernando: Ainda me lembro do momento em que recebi esta informação. Comecei a chora. A sensação era de que finalmente deixaríamos de ser uma modalidade marginalizada e passaríamos a ter o reconhecimento merecido. Isso mudou completamente o cenário. O único motivo para o brasileiro não gostar de rugby era porque não conhecia. A medida que se conhece, pode-se fazer a escolha de gostar, ou não. E com a inclusão do rugby nos Jogos Olímpicos, justo na edição do Rio de Janeiro, trouxe um maior interesse da mídia especializada, que passaram a mostrar mais a modaldiade e, consequentemente, fez com que o povo brasileiro tivesse mais contato e conhecesse mais o esporte. Agora é uma questão de tempo e de um trabalho sólido e seguro para que o rugby se torne definitivamente uma opção de modalidade entre as crianças e jovens do nosso país. 

O que levou o Rugby de volta para as Olimpíadas? 
Júlia: Para um esporte virar olímpico ele tem que ser praticado em mais de 50 países por homens e mulheres. O rugby é o segundo esporte coletivo mais praticado no mundo e enche estádios em todos os cantos. A modalidade sevens é dinâmica e fácil de entender, com certeza vai fazer sucesso nas olimpíadas.
Fernando: É o segundo esporte coletivo em maior número de praticantes no mundo. A quantidade de paises filiados, que possuem equipes femininas e masculinas preenchem os pré-requisitos do COI e tem todas as características necessárias para ser um esporte olímpico, além de carregar em sua alma os valores pregados pelo universo olímpico dos esportes. 

Qual a sua avaliação sobre a preparação feita para os jogos olímpicos? 
Júlia: O rugby esta crescendo no Brasil, a CBRu esta buscando parceiros e estrutura para proporcionar a melhor preparação possível para as seleções, porém não é de um dia para o outro que se formam atletas olímpicos.
Fernando: Existem falhas, mas estamos no caminho certo. Tem muita gente trabalhando e querendo fazer com que o rugby e o Brasil sejam bem representados nos jogos. Não nos tornaremos no melhor país do mundo nos próximos 3 anos, mas faremos um bom papel. 

O que você poderia dizer sobre a evolução do Rugby brasileiro? 
Júlia: Estão surgindo vários clubes no Brasil e a modalidade esta cada vez mais na mídia, por isso o rugby vem crescendo tão rápido no Brasil nos últimos anos. O importante é que este crescimento tenha uma base, pessoas qualificadas para desenvolver bem a modalidade nos clubes e passar os princípios, o espírito do rugby.
Fernando: O rugby brasileiro está evoluindo muito, mas num momento em que o rugby mundial também evolui a passos largos por conta da profissionalização. Mas estamos num bom caminho, principalmente quando pensamos na estrutura do rugby e no número de praticantes e de entusiastas desta modalidade. O caminho até chegar entre as grandes potências do esporte é longo demais, mas se continuarmos crescendo como fizemos nos últimos anos, um dia chegaremos lá. 

Como você imagina o Rugby no futuro? 
Júlia: Um esporte conhecido no Brasil, com crianças praticando desde cedo e com clubes bem estruturados.
Fernando: Tudo o que tem acontecido superou minhas maiores expectativas de quando comecei a jogar. Então, como o limite já foi quebrado, posso sonhar com o mais alto dos sonhos. Um esporte forte no Brasil, campeonatos nacionais e regionais muito competitivos, transmitidos pela tv e com enrome público presente o jogadores profissionais se dedicando exclusivamente a isto e uma seleção disputando entre as maiores forças do rugby mundial.

Fernando: Tudo o que tem acontecido superou minhas maiores expectativas de quando comecei a jogar. Então, como o limite já foi quebrado, posso sonhar com o mais alto dos sonhos. Um esporte forte no Brasil, campeonatos nacionais e regionais muito competitivos, transmitidos pela tv e com enrome público presente o jogadores profissionais se dedicando exclusivamente a isto e uma seleção disputando entre as maiores forças do rugby mundial.
Para as mulheres que tem interesse em iniciar carreira no esporte, quais as dicas que elas devem seguir? 
Júlia: Procurem um clube com pessoas qualificadas, procurem fazer algum tipo de preparação física e deem uma chance para o esporte, vocês vão se surpreender. 
Você vê um crescimento no número de praticantes do esporte com um incentivo maior vindo do governo? 
Fernando: Não sei se tem relação direta. Quem trabalha pra esse crescimento são os clubes já existentes e os que surgem. Talvez uma contribuição do governo para este aumento no número de praticantes seria colocar na grade escolar da educação física. 

22/04/2013

A arte em ser: folgado


Foto: Reprodução

   Considere-se uma pessoa de sorte se você ainda não teve em seus grupos de trabalho uma pessoa folgada, mas não comemore muito. Olhe para o seu redor que você irá encontrar, seja no seu local de trabalho, na sua família e até mesmo na sua escola/faculdade. 
   Não é que não façam nada. Afinal, ficam no facebook, pensando nas próximas desculpas (...) e sempre arranjam tempo para fazer coisas que a convém. Só não ajudam no trabalho. Sempre alegam que não cumpriu com o que deveria, pois “não havia condições para tal”. Nada está do agrado delas, é o café fraco, a hora que chega em casa, o percurso que faz, resumindo: ninguém enxerga o quanto essa pessoa sofre e se dedica para viver e fazer tudo.... (Socorro! cadê a paciência?)
   Ah, existem aquelas que também são amigas de todos, mas nunca está preocupada com nenhum trabalho, só ficam interessadas com o que vão fazer no final de semana, a roupa que vai usar, (...) vixi, melhor parar que a lista é longa.
   O povo brasileiro tem que ser menos encostado, ter interesse em abranger algum conhecimento, preocupação com seu crescimento profissional e possuir atitude, não ficar esperando ação dos outros, mas sim ter a iniciativa. 


"O difícil não é viver com as pessoas, o difícil é compreendê-las". -José Saramago

Comentem suas experiências e como resolveram.... estou curiosa para ler.
Até o próximo post