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07/08/2013

Morando em outro País.

E aí Pessoal? Hoje vocês conheceram uma pessoa muito importante para mim. Podem passar os anos que forem, estará sempre ao meu lado, nossa sincronia será a mesma e teremos nosso jeitinho de irmã uma com a outra, isso jamais mudará. (fazendo suspense rs) Deixando o suspense de lado, essa pessoa especial se chama Alessandra e é minha amiga há 19 anos. Caminhamos juntas e escrevemos nossa história, uma do lado da outra. Claro, que como qualquer criança, tivemos nossas briguinhas, mas o sentimento falava mais alto e logo, estávamos ligando para a outra, onde passávamos horas, isso porque tínhamos nos visto a manhã inteira. Os anos passaram, pessoas se foram, mas a gente não se desgrudava. Tínhamos até um ritual de sexta-feira, o dia do pastel.... aiai temos tantas histórias que se eu contar todas fico aqui por horas e vocês acabam dormindo. Ao longo da vida, sempre nos aparecem obstáculos em que não esperamos passar, com nossa amizade não foi diferente. Certo dia, recebi a notícia que minha melhor amiga estava indo para o outro lado do mundo, literalmente, o Japão. Ficamos arrasadas, mas dávamos nosso jeito, conversávamos por cartas. (computador não era o forte da época) Passamos 7 anos separadas, mas nada rompeu nossa amizade, só fortaleceu. Agora que vocês já sabem um pouquinho da nossa história, vamos acompanhar nosso bate-papo de como foi essa experiência em outro país e conhecer um pouquinho do Japão? 

Foto: Reprodução
Como foi a decisão de morar em outro país?
- Bom na verdade a decisão foi tomada pelos meus pais na época, por vários motivos, financeiros e a vontade de conhecer o Japão falaram mais alto.

Quantos anos você tinha?
- Fui pra lá com 13 anos.

Como foi a sua preparação para essa experiência fora do Brasil?
- Na verdade foi um pouco corrido, ir atrás dos documentos, conseguir o visto e nos preparar para tudo, pois era a primeira vez que iríamos viajar para fora do Brasil.

Quais foram as maiores dificuldades que você enfrentou?
- O idioma, pelo fato de saber apenas as palavras bem básicas e não compreender o que os outros estão falando. E também os terremotos.

Qual foi a parte mais fácil - se teve?
- Educação, cultura.

Em todo esse tempo que morou no Japão, quais foram os acontecimentos que mais te marcaram?
- Terremotos, a pior sensação que pode existir no mundo. Conquistas: As viagens que fiz para fora do Japão, em outubro de 2009 para Cingapura e janeiro de 2010 para a China.

O que os estrangeiros pensam sobre os brasileiros?
- Alguns nos vêm de forma preconceituosa, infelizmente, porém os outros ficam espantados com a nossa simpatia, já que os japoneses são bem frios em relação as pessoas que não conhecem.

Como foi a recepção dos mesmos em relação a você?
- Em minha opinião fomos bem acolhidos pelos japoneses, muitos tentavam nos ajudar quando íamos comprar algo nas lojas de conveniências.

Você aprendeu a cozinhar algum prato típico?
- Sushi, vale? rs É aprendi em um curso de gastronomia que frequentei durante 1 ano. Após cursar gastronomia, resolvi fazer um blog voltado para a gastronomia e curiosidades sobre o Japão, acesse: alittleofjapan.blogspot.com / facebook.com/ReceitasDasChukus / Twitter: @alittleofjapan

 Em termos de horários, cultura... como funciona?
- Pontualidade, é incrível como lá no Japão as coisas realmente funcionam, se você bobear por causa de menos de 1 minuto você pode perder ônibus ou trem. Disciplina e Educação são as palavras que resumem a cultura japonesa.

O que você fazia para se diverti com seus amigos?
- Normalmente íamos para o cinema, game center, shopping e todas as vezes tínhamos que passar em um lugar para tirar o famoso "purikura" que são aquelas fotinhas adesivas que você consegue enfeitar, gastei horrores com aquilo rs...

Que atividade adotou e que são tipicamente japonesas?
- Tirar os sapatos antes de entrar em casa. Tem lugares que ainda faço isso.

Qual o balanço você faz do tempo que morou no Japão?
- Foi uma experiência e tanta, que levarei comigo para sempre.

O que mais te impressionou na diferença de rotina que passou a ter por lá?
- O trabalho por ser mais exaustivo do que aqui e pelo fato de falar praticamente 13 horas somente em japonês.

Que hábitos do Japão você gostaria que as cidades brasileiras também possuíssem?
- Sinceramente todos. RS Primeiramente a Educação em geral e Honestidade, pois um bom País se faz com pessoas educadas e honestas.

Que características do povo japonês você acha que adotou pra si?
- Os gestos, jeito de falar.

Quais as vantagens de se morar em outro país?
- Adquirir experiência, conhecer novas culturas, novos lugares e aprender novos idiomas.

Quais as desvantagens?
- Ficar longe da família e dos amigos.

Deu pra fazer tudo que queria desde que pisou pela primeira vez no Japão?
- não, infelizmente. Não escalei o Monte Fuji e nem pratiquei snowboard, o Japão é bem grande, há vários lugares lindos para conhecer, o duro é conseguir tempo para ir, porque dinheiro, você consegue.

Como pessoa e como profissional, quais foram as lições e o aprendizado que você adquiriu nesse período?
- Como pessoa, a educação e a disciplina deles me ajudaram a crescer bastante, e como profissional, ser padrão.

Você pretende novamente morar em outro país? Qual e por quê?
- Sim, ou voltarei para o Japão ou para Cingapura, pois, são os dois países que realmente conseguiu me encantar, pela cultura, tradição e pelo povo.

Como foi a decisão de voltar para o Brasil?
- De inicio iria voltar sozinha para ficar 6 meses para poder tirar a carteira de habilitação, porém, meus pais resolveram voltar junto e acabei ficando por aqui mesmo.

Depois de tanto tempo, o que estranhou... o que sente muita saudade?
- Dificuldade de se fazer tudo aqui no Brasil. E o que sinto falta? Praticidade, pontualidade e é claro das lojas de conveniências, das máquinas de suco, sorvete e cafés a cada esquina e andar sem nenhuma preocupação, paz, tranquilidade. Desculpa.. Sou suspeita em falar do Japão, por isso paro por aqui rs

Com essa experiência vivida por você, quais as orientações e dicas que você pode deixar para alguém que tem o desejo de morar e trabalhar em outro país?
- Planejar bastante, traçar uma meta e um objetivo a ser cumprido e não desviar dos mesmos no meio do caminho, lembre-se que você estará fora do seu país, por isso é sempre bom ter uma poupança, caso precise voltar de imediato.



Obrigada, Alessandra, por ter participado comigo desse bate papo tão legal aqui no Conta News. Foi bem divertido!

21/07/2013

O Brasil cresceu e não evoluiu, diz Giobbi

Vou começar o post de hoje pedindo desculpas por abandonar o blog. Desculpa, desculpa e desculpa! Como vocês sabem, mês de junho começam as provas finais, matéria do semestre inteiro para estudar, aquela loucura toda, mas graças a Deus eu passei em tudo. E logo em seguida fui viajar para Garça- interior de São Paulo, em que voltei essa semana- deixo os detalhes da viagem para o próximo post, só estou tentando me redimir com vocês e espero que me entendam. Hoje eu vou postar a entrevista com o jornalista Cultural, Cesar Giobbi, que realizei no semestre passado, onde eu contei como foi o dia para vocês AQUI. Vamos lá? :)

Foto: Reprodução

Cesar Batista Giobbi  é jornalista desde 1972, já trabalhou em veículos de destaque na imprensa brasileira, tais como Jornal da Tarde onde foi editor de Variedades, crítico de arte e repórter especial da área cultural. Em 1993, voltou para o Estadão, como colunista, com uma página diária, por 14 anos. Trabalhou também na Rádio Eldorado e Rádio Bandeirantes, falando sobre o terceiro setor, cultura, cidadania e comportamento. E Na TV Cultura como apresentador, no Canal Rural, e durante dez anos manteve um quadro semanal sobre programação cultural em São Paulo, no programa Amaury Jr, nas TVs Band, Record e RedeTV.
Foi e é articulista de várias revistas nacionais da área de cultura e estilo, como Vogue, Cidade Jardim, e revista Oscar.Em 2007, tinha um site voltado para cultura, estilo de vida, comportamento e laser.
Com uma carreira sólida dentro do jornalismo Cesar concebeu uma entrevista, onde falou sobre o jornalismo cultural, confira:

O que te levou a trabalhar com jornalismo cultural?
Cesar: Na verdade foi coincidência, eu estava no jornal da tarde, comecei como estagiário, era repórter da geral, ai eu fui ser copy (é uma coisa que não existe mais), o copy desk  era um jornalista que fazia o fechamento, então os repórteres traziam as matérias que eram editadas na página e a gente tinha que por a matéria no tamanho, então tinha que cortar, as vezes tinha que reescrever por o repórter não era tão bom de texto ou fazia uns erros, a gente tinha que consertar tudo aquilo e dar titulo, olho, legenda...fechava e descia, essa era uma figura que não existe mais, hoje em dia o repórter já é o fechador né? Naquela época não era e ainda passava por uma revisão, tinha três estágios. Eu sempre tive ligação com artes, eu sou filho de colecionador e começaram a me pedir matérias, eu tava no copy da internacional e me pediam matéria sobre arte para o departamento de variedades, um belo dia me chamaram pra ser copy da variedades e lá eu fiquei 14 anos ou coisa do gênero, fui editor, pauteiro, e ai com esse tempo todo além de me familiarizar com o assunto eu me familiarizei com o universo, então eu era amigos de todos os atores, dos diretores de teatro, a turma da música, dos maestros, dai veio essa minha convivência com o mundo cultural.
O que influenciou e influencia na sua vida? Teve alguma melhora desde que você começou a ter um contato maior o com a arte, ou não? Como você disse já veio de pequeno né.
Cesar: pois é, isso é uma coisa que ta intrínseca na minha vida eu sempre tive essa convivência, eu era criança e a minha mãe colocava musica clássica pra gente ouvir e contava uma historia em cima daquela musica e nós éramos crianças quatro, cinco anos e depois era engraçado por que os desenhos animados de quando eu era criança o fundo musical era sempre de musica clássica, então depois a gente ia nos consertos e escutava as musicas e eu e o meu irmão a gente reconhecia "a olha lá o pica pau" e a gente já tinha aquele ouvido e o meu pai começou a comprar arte e antiguidades e a gente era muito criança e já convivia com isso sempre e então eu passei o resto da minha vida gostando de teatro, de música erudita, de música popular...enfim
Quando você começou e hoje em dia. Ocorreu alguma mudança na cultura?
 Cesar: não... Quando eu era moço, no meio da ditadura a gente teve um momento cultural tão importante no Brasil que eu não acho que ele tenha sido superado, entre os ano 60,70 toda a criação foi tão rica, tudo que a gente via no teatro, a música popular era muito importante, a música erudita, enfim. Cresceu de tamanho, mas por que o Brasil cresceu de tamanho, não evoluiu em qualidade não, eu não acho.
Você passou por vários veículos e vários tipos de mídia diferentes, como rádio, TV e jornal impresso. Qual a diferença de falar de cultura de uma mídia pra outra? Tem diferença na linguagem?
Cesar: eu acho que é a mesma linguagem. Claro, quando você escreve você consegue ser um pouco mais analítico eu acho, você pode parar e pensar no que você vai dizer, pensar naquela frase direito, é diferente de você pegar um microfone no radio e sair falando sobre um espetáculo que você viu no dia anterior, é uma coisa muito mais coloquial, mas superficial, exatamente por que você não tem esse tempo de reflexão.
Como funciona a escrita em uma coluna social?
Cesar: Olha, você pode ser sofisticado no escrever, mas sempre a coluna social ta dentro de um jornal e a linguagem de um jornal tem sempre que ser clara e fácil por que não tem outro jeito de fazer jornal, eu trabalhei com jornal diário quase a minha vida inteira, por mais de 40 anos.
Então como colunista social nos dias de hoje, é difícil falar sobre cultura?
Cesar: Não, não deveria ser não, acho até que deveria ser obrigatório, por que é um canal de muita leitura, então é onde realmente você pode orientar, sabe? Aconselhar, “vai ver isso, vai ver aquilo” e o leitor é muito receptivo.
Como você definiria o jornalismo cultural?
Cesar: Eu diria que dentro de uma redação – as pessoas não gostam muito disso- mas a gente que é do meio cultural acha que é a nata de uma redação, é onde estão as cabeças mais pensantes e mais sensíveis e onde às vezes tem os melhores textos, eu acho que é uma coisa natural, por que quem faz jornalismo cultural, já é um jornalista com tendências pra escrever, ou pra ser poeta, ou pra ser músico, ou seja já tem alguma inclinação pra um ramo da cultura. Então eu acho que o jornalismo cultural é nata de uma redação, claro que tem exceções tem jornalistas brilhantes de economia, de politica... as grandes colunistas de politica nacionais a Dora Kramer, a Eliane, tem um texto incompreensível, o texto delas é maravilhoso.
O senhor acha que ocorre algum preconceito por parte dos outros jornalistas pelo fato de escrever uma coluna social?
Cesar: a com certeza, a imprensa não gosta, a imprensa em geral não gosta. Eles consideram um trabalho menor..acham que não tem consistência, substância, acham que é superficial, mas com certeza tem. Quer dizer você tem que ser muito bacana e ficar a cima disso e mostrar que você não ta fazendo só colunismo social que você ta fazendo crônicas da cidade, crônicas de comportamento pra te respeitarem, se não, não te levam a sério.
Como foi escrever uma página diária por tanto tempo? Tinha assunto sempre pra escrever?
Cesar: Assunto nunca faltava, pelo contrário sobrava, é claro que tinha uma equipe que me ajudava, mas a gente nunca ficava estressado com a falta de noticia, é claro que a primeira semana que eu assumi aquela coluna eu tinha uma pagina em branco todo dia e não tinha anuncio ainda, e depois teve uma época que eu tive que brigar com anunciante se não eu não tinha pagina mais, mas no começo não tinha, era uma pagina livre todo dia, então eu fiquei meio estressado, mas depois eu percebi que aquilo fluía normalmente.
A critica/crônica sempre lutam por um lugar no jornal, mas elas só entram quando sobra espaço.... Como você lidava com isso?
Cesar: Bom, eu tinha um espaço dado, eu podia fazer o que eu quisesse com aquele espaço se eu quisesse fazer critica e crônica naquele dia eu podia, agora claro que o espaço da critica cultural num jornal é diminuto, por que um jornal ele vai sempre dar preferencia para a noticia, se tem, por exemplo, a estreia do Caetano amanhã e tem a critica da orquestra que foi ontem e não vai se repetir o que você da? Você da a estreia do Caetano, então eu acho que a analise e a critica vão ser sempre preteridas em matéria de espaço.
Porque você suspendeu seu site?
Cesar: estou transformando num blog, por depois de tantos anos eu não quero mais ter um compromisso com a noticia, com o dia a dia, com o que ta acontecendo, eu não quero mais noticiar, eu só quero escrever o que eu quiser, parecendo um diário... saber, vai ser um diário, quem tiver curiosidade de ler o que eu to pensando vai estar lá, como eu ponho no facebook o mesmo texto, eu já tenho um leitor cativo ali e vou pegar o residual dos leitores do meu site.
Quais pontos devem ser levados em consideração na hora de opinar sobre algum artista, obra, exposição?
Cesar: eu acho que a primeira coisa é a emoção, eu acho que a primeira coisa é sempre o impacto emocional que você teve ao ver aquilo, quer dizer se a coisa te pegou ela é boa por alguma coisa, vamos analisar o que é que te emocionou daquele jeito e se você ficar la assim, como aquela cara daquele jeito, olhando pro relógio toda hora é por que alguma coisa ta errada, ai você vai analisar o por que aquilo tava errado, por que não te chamou a atenção, não te emocionou, ai a cabeça começa a ir buscar a razão.
O senhor sofreu censura em algum momento de sua carreira?
Cesar: Não, no estadão nunca... Não, eu não lembro de nada que pode ter sido assim... alguma vez mas assim, foram coisas que eram idiossincrasias do Estadão, de coisas por exemplo, tinha gente que as vezes não podia falar por que tava brigado com alguém, sabe? Alguém tinha se indisposto com alguém, então a gente era solicitado a não mencionar tal pessoa e tinha uma época que tinha palavras proibidas lá no Estadão, mas era por causa de  duplo sentidos e coisas do gênero...eles se irritavam quando eu fazia editoriais de politica ai vinha um recadinho assim “lembre-se que editoriais são na página 2, não na coluna social”, ta bom... ai eu ficava uma semana sem fazer isso e depois fazia de novo, quer dizer, eu sempre tive uma relação tão boa com o Estadão de convívio, de respeito pelo meu trabalho, que eu nunca tive problemas.
 O senhor escreve para todas as classes sociais? Se não, qual classe desejaria alcançar?
Cesar: Olha, na verdade quando você escreve uma coluna social, você acha que você esta se dirigindo a um leitor de coluna social, você não sabe exatamente como ele é por que pode ser a milionária, mas pode ser a secretaria da milionária também e isso me surpreende porque acontece muito, mas agora... quando você faz televisão ai você não sabe realmente pra quem é, eu fiz dois anos de tv cultura, eu tinha um programa semanal de uma hora, super bacana sobre São Paulo, super variado e a gente apresentava vários aspectos da cidade e no fim tinha sempre uma entrevista. A TV Cultura a principio é uma tv elitista, e você sempre acha que é criança ou adulto que vê TV Cultura, por que ou tem programa infantil ou tem programa mais pesadão e tal, mas eu ficava por exemplo, nas viradas culturais eu saia pela madrugada o tanto de adolescente que chegava perto de mim e falava “ai o seu programa é super legal” e gente de periferia que eu não imaginava, mas depois é obvio né, quem não tem o cable, tem muito menos opção de zapping né? Então acaba caindo na TV Cultura com muito mais frequência do que quem tem aqueles 100 canais de televisão e ai eu percebi que a minha linguagem, que era sofisticada, por que era um programa super sofisticado, super bem feito, com uma edição de imagem super bacana e tudo, é uma coisa que me surpreendeu pra caramba, é uma coisa que você atira e não sabe onde vai cair .
O senhor acha que hoje em dia existem muitos jornalistas culturais opinativos? Ou prevalecem os informativos?
Cesar: Olha, tem muita gente que escreve muito bem, eu leio a Folha, o Estado, não leio muito os jornais do Rio, mas tem jornalistas muito preparados pra escrever sobre arte, sobre musica, sobre cinema, sobre teatro, sobre literatura, tem gente muito boa, em geral.. as vezes eles são jornalistas que se interessaram por um assunto e desenvolveram uma especialidade, num é gente que foi estudar isso pra depois escrever, isso você encontra na universidade, então as vezes o jornal publica textos de professores de áreas especificas, sobre um assunto especifico, mas os jornalistas que se especializaram em cinema, que nem o Merten e o Zanin Oricchio lá do Estadão, que escrevem sobre cinema... escrevem esplendidamente bem, sobre isso e sem ter feito uma faculdade de cinema sem ter estudado nada. Eles por exemplo, os dois que eu citei.. quando eles cobrem Canes por exemplo ou um festival em Berlim, eles fazem a matéria informativa, sobre o que ta acontecendo, a entrevista que eles fizeram e depois num box eles fazem a critica do filme que eles viram, você não pode ser opinativo na matéria, isso continua proibitivo na imprensa quando você  informa, você informa, você no pode ter lado, quando você é critico... ai é uma critica separada, num box separado, ai você da a sua opinião.
Quanto tempo do seu dia é dedicado a redes sociais?
Cesar: Olha, hoje em dia muito... por que se você tem twitter, facebook, instagram e mais o e-mail você passa horas no computador, organizando aquilo, limpando, respondendo, é muito tempo.
Você acha que ficou mais fácil atingir mais pessoas, depois que surgiram as redes sócias?
Cesar: Com certeza é, agora criaram tanto canais de comunicação que agora pra você manter a sua comunicação com as pessoas, você tem que olhar aonde estão te requisitando, então tem e-mail que você tem que responder, tem o facebook que te perguntaram alguma coisa lá e você tem que responder, no twitter você tem que olha pra ver se você não esta sendo citado e você perde muito tempo, eu preferia que fosse um canal só o e-mail só pra comunicação e o resto só pra diversão mas infelizmente as pessoas já estão fazendo interlocução através de outros canais e tem mensagem de telefone também, mas essa eu acho mais rápida, você resolve mais rápido.
Cada jornalista tem seu estilo próprio na hora da escrita, o que sempre predomina nos seus textos?
Cesar: Eu percebo que quando eu faço televisão o meu texto é muito cumprido, o meu período é muito longo, então pra mim mesmo é complicado na hora do teleprompter eu tenho que estudar aquele texto, por que eu tenho que fazer uma pontuação automática pra poder respirar, então eu acho que o meu texto tem os períodos longos, é uma característica do meu texto, não é uma coisa assim... de tudo em frases pequenas.
Quando você vai falar a opinião de cultura, na TV Gazeta, o que você leva em consideração pra falar naquele dia, sobre que assunto, se saiu agora ou se é uma coisa do passado?
Cesar: Na verdade como é muito pouco tempo, é mais informativo do que opinativo, mas eu acho que quando você faz uma seleção, você já esta sendo orientativo pelo menos, não é emitir uma opinião mas você esta deixando de lado um monte de coisa que você acha que não vale a pena, então já é um funil, já é uma seleção.Na verdade é o que interessa a mim, eu boto uma coisa pessoal, o que eu to achando relevante naquela semana pra falar.
O jornalismo é informativo, mas as criticas são baseadas em algo que você viu e sentiu, então não é uma coisa muito técnica, tipo “a Dilma foi eleita”
Cesar: então, mas eu acho que quando você vai formar a sua opinião sobre o que você viu, quanto mais informação você tiver sobre aquilo, você vai estar mais embasado, mas preparado para ter uma opinião, o jornalista vai te preparar pra isso, ele vai contar tudo que esta acontecendo ou aconteceu nos bastidores, como nasceu aquela ideia, como foi adaptado aquele texto, no que o compositor se inspirou pra fazer aquela canção , por que ele mudou de gênero do ultimo show pra esse, ai você vai informado e analisa a volta que ele deu, a mudança a partir do ultimo disco pra esse ou que mudança sonora aconteceu, ou ele manteve o mesmo texto teatral da ultima vez, você vai muito mais preparado pra ter uma opinião, além do gostei ou não gostei, então eu acho que a informação cultural é muito importante. Tem que ter dados técnicos, pra você querendo ou não ter uma base. E depois, se o jornalista for dar alguma opinião, ai sim tem que dizer por que é bom ou por que é ruim. Não basta o dizer se gostou ou não por que se não fica muito subjetivo.

Espero vocês no próximo post, sobre a minha viagem e sobre a festa típica de Garça, chamada cerejeira. beijinhos, até logo.

15/05/2013

Pequenas ações que ajudam a mudar o mundo



Foto: Reprodução

O trânsito em São Paulo é sinônimo de estresse, aborrecimentos, xingamentos e muito tempo perdido. Leva muitas pessoas ao adoecimento, violência e descontrole. Mas nem tudo é cinza pelas ruas de São Paulo. Um exemplo de que pode haver luz no fim do túnel é a ONG dos Terapeutas do Trânsito.
Tem como missão levar bom humor às ruas e aos motoristas, usando a menor máscara do mundo: o nariz de palhaço.
Uma ONG sem fins lucrativos vai às ruas levando cartazes com mensagens educativas e bem–humoradas. Com encenações de pequenos espetáculos, o grupo transforma uma das esquinas mais congestionadas de São Paulo em palco de diversão.
Com início em agosto de 2010, o projeto vem ganhando, a cada sinal vermelho, reconhecimento, sorrisos e muitas buzinas dos motoristas. Confira a entrevista abaixo com o Presidente da ONG, Guilherme Brandão e conheça melhor o trabalho deles.

Como surgiu a ideia da ONG? E os integrantes?
A ideia surgiu em um momento depressivo da minha vida, onde fui morar sozinho por causa da faculdade! Só que depois de alguns meses, comecei a sentir solidão e muita depressão. Logo depois comecei a procurar vídeos de autoajuda na internet e me deparei com o filme “Doutores da Alegria” do Wellington Nogueira!
Foi como um despertar... Chorei muito e decidi largar tudo para fazer teatro, curso de clown e entrar para a ONG Doutores da Alegria!
Indo para o curso de teatro, parei no semáforo e um menino começou a fazer malabares na faixa de pedestre. Comecei a reparar nos motoristas e vi que ninguém prestava atenção nele, pois estava cada um em seu mundo! 
Foi quando decidi usar a arte do clown para animar os motoristas!
Os integrantes são voluntários que chegaram até nossa ONG através de nossas ações, então nosso quadro de voluntários tem a seguinte porcentagem: 40% amigos e família e 60% são admiradores do projeto, que um dia viu nossas ações nas ruas, se interessaram e ingressaram na ONG.

Qual a missão da ONG?
Tendo o 6° trânsito mais caótico do mundo, a cidade de São Paulo passa por um caos generalizado nas ruas! Então tentamos humanizar, promover a paz e animar os motoristas em uma selva de rodas onde se mata mais pessoas que arma de fogo.

Quando vocês começaram?
A ideia surgiu em Abril de 2010, mas pisamos na faixa de pedestre pela primeira vez no dia 02 de Agosto de 2010.

Como foi o primeiro dia que vocês colocaram a ideia em ação? Qual foi a reação dos motoristas? E agora, como está?
Nos primeiros dias eles achavam que éramos ambulantes pedindo dinheiro em troca de algo. Então paravam a 5 metros de distância da faixa de pedestre, mas hoje descem dos carros, brincam e se emocionam conosco.

Vocês possuem algum ritual antes de começarem a transmitir alegria?
Sempre que começamos qualquer ação, fazemos uma oração, pedindo permissão ao plano espiritual para o trabalho, nos dando a energia apropriada para cada motorista e no final de cada oração, todos falam uma palavra que represente a emoção que sentem naquele momento. 
Depois que o farol abre é impossível descrever, a emoção é única! Cada farol fechado é um público diferente, reações e emoções diferentes!


Porque escolheram o cruzamento da 
Henrique Schaumann com a Teodoro Sampaio? E porque as segundas e sextas-feiras?
Foi nesse cruzamento onde eu vi o menino fazendo malabares e tive a ideia inicial, então achei que isso tinha sido um sinal... Por isso esse local!
Segunda é o dia mais depressivo da maioria dos brasileiros e sexta é o dia mais feliz, então começamos o tratamento na segunda e terminamos na sexta.

Quantas cenas/números vocês possuem? Podem falar um pouco sobre eles?
Temos mais de 12 esquetes (esquetes são pequenos números artísticos), mas os que são mais admirados são: Bailarina (onde me visto de bailarina russa e saio bailando pela faixa de pedestre, totalmente desengonçado, com colan, saia rosa e os dizeres “O sonho dele era dançar Balé... Qual o seu sonho?”), O do Pão doce (entram as faixas com os dizeres “o sonho acabou? Mas tenha calma, pois ainda temos pão doce”, em seguida entra um palhaço vestido de padeiro e gritando que temos pão doce), o mergulhador (entram as faixas com os dizeres “não jogue lixo nas ruas, se não essa será a roupa do futuro”, em seguida entra um palhaço vestido de mergulhador, com boias de pato, óculos de mergulho e maleta de executivo) e o Abraço Grátis, onde distribuídos abraços grátis nos motoristas!

Por ser um meio sem fins lucrativos, vocês já passaram por algum problema? 
Problemas nós enfrentamos todos os dias, mas a falta de dinheiro para pagar as contas da ONG, de transporte e etc, mas isso não impede que o trabalho prossiga! Quando é feito por amor e sem visar o ganho ou a troca, as coisas acontecem naturalmente e ajuda aparece de onde menos esperamos!

Já aconteceu algum acontecimento engraçado ou inesperável?
Em uma das apresentações do Abraço Grátis, paramos na frente de um carro e perguntamos se a motorista queria o abraço! Ela disse que não, mas algo estava me falando pra insistir nela, então comecei falar com ela pelo vidro. Do nada ela abre o vidro e fala “hoje é meu aniversário e ninguém me deu parabéns”. Foi então que tirei ela do carro e começamos a cantar parabéns. Quando fui ver, todos os voluntários estavam cantando parabéns, os motoristas saíram do carro e começaram a cantar conosco! Ela chorou muito, agradeceu, entrou no carro e foi embora!

E algum acontecimento desagradável? Como vocês lideram com o assunto?
Por enquanto ainda não, graças a Deus... só com o CRP-SP.
Éramos os “Psicólogos do Trânsito”, mas o CRP-SP nos censurou nos mandando um ofício com o prazo de 90 dias para a mudança, alegando que o nome levariam as pessoas ao erro! Então escolhemos dois novos nomes e fizemos uma votação aberta, onde o maior número de votos foi para “Terapeutas do Trânsito”. Mas hoje estamos felizes com a mudança, pois o reconhecimento foi ainda maior e o CNT (Conselho Nacional dos Terapeutas) reconheceu nosso trabalho como terapia e nos deu um certificado!

O que vocês esperam em retorno dos seus públicos?
Não esperamos nada, pois quando cria uma expectativa ou uma troca, a decepção é inevitável em casos negativos. Então fazemos por fazer, acreditando que isso possa ajudar o motorista a chegar em seu destino mais feliz e animado, evitando uma possível briga no trânsito por uma simples seta.

A ONG ficou conhecida, já apareceu na TV algumas vezes, em revistas e jornais. O que representa essas conquistas da ONG hoje para vocês?
Passamos em todos os canais de televisão da rede aberta, capa de jornal, 1ª matéria mais lida da revista Época por um mês, sites internacionais como o China Daily, The Atlantic Cities e etc... Mas nada se compara ao sorriso, lágrimas, agradecimentos e reconhecimento dos motoristas!
Mídia é consequência de um ato que possa dar ibope, mas os motoristas não, eles são o combustível do nosso projeto!

Existem planos para o futuro?
Hoje trabalhamos com a ideia de “o palhaço pode animar, desestressar e humanizar os motoristas, fazendo com que cheguem a seus destinos mais bem humorados, e assim evitando futuras brigas no trânsito”
Nossos objetivos são muitos, mas os mais importantes:
1° Expandir os grupos da nossa ONG para mais cidade e estados
2° Montar o ITT (INTITUTO TERAPEUTAS DO TRÂNSITO), onde iremos atender, gratuitamente, qualquer pessoas que sofreu algum trauma (psicológico ou físico) no trânsito! Ou seja, se ele sofreu um trauma físico, iremos disponibilizar fisioterapeutas para ajuda-lo na recuperação. Se sofrer traumas psicológicos, iremos oferecer atendimento específico para amenizar a situação! Contando sempre com profissionais da área!

Pessoas de outros lugares já procuraram por vocês?Existe a possibilidade de vocês ampliarem para outros lugares?
Ano passado montamos nossa primeira filial fora do estado, em Canos-RS!
Muitos pedem para montar uma filial e levar esse projeto para a sua cidade, mas temos que ir com calma, pois não temos estrutura organizacional para tal feito ainda! Um passo de cada vez, pois se liberarmos podem usar nosso nome indevidamente.

O que vocês acham do trabalho voluntariado?
O trabalho voluntário é muito importante na vida de qualquer pessoa. Costumo dizer nas reuniões de novos membros, que ser voluntário é a âncora na nossa vida, pois serve para nos puxar de volta a terra, colocando os pés no chão e ver que existem pessoas em uma situação muito pior que nós!

Se alguém quiser fazer parte da ONG, o que devem fazer?
Deve ter amor no coração e dedicação nas ações. 
Quem se interessar, pode mandar um e-mail para falecom@terapeutasdotransito.org.br com o assunto “Voluntário”.

10/05/2013

O grande retorno

Foto: Reprodução

O Rugby é um esporte coletivo de intenso contato físico, que carrega a filosofia básica que a sociedade busca para os jovens de hoje e do futuro, onde possibilitam educar, dar valores e formar jovens saudáveis, com mentalidade esportiva. Possui uma imagem de força, técnica, superação de limites, autocontrole, perseverança e o mais importante, trabalho em equipe. O ambiente é harmonioso e amigável, e foi assim que surgiu a tradição que chamamos de “Terceiro Tempo”, que acontece depois de uma partida, os jogadores anfitriões convidam os visitantes para uma confraternização. 
O esporte voltará a ser olímpico na modalidade de Sevens (com sete jogadores de cada lado), mas como Brasil é um país armador e as Olimpíadas ocorrerão no Rio de Janeiro, a secretaria do esporte está trazendo reforços para ajudar nossas seleções com profissionais com muita tradição, treinadores e colaboradores vindos da Nova Zelândia, atualmente a melhor seleção do mundo. Fernando Portugal (Capitão da seleção masculina) e a Júlia Sardá (Capitã da seleção feminina) concebeu uma entrevista para entendermos melhor sobre esse cenário e a situação do nosso país nessa modalidade tanto feminina como masculina, vamos acompanhar o que eles disseram sobre esse esporte que está crescendo cada dia mais no Brasil e no Mundo? 

O que te levou a trabalhar com o Rugby? 
Júlia: Eu comecei a jogar rugby a convite de uma colega da universidade. Fui no primeiro treino, me apaixonei pelo esporte e continuo até hoje. 
Fernando: A minha paixão e vontade de vivenciar cada vez mais os momentos que o rugby me ofereciam, fizeram com que acreditasse que seria possível viver profissionalmente desta modalidade. Além disso, acredito na filosofia do rugby e sei que contribuiu muito para a minha formação como homem e cidadão, então quero que mais pessoas se beneficiem disto.

Como surgiu esse amor pelo esporte? 
Júlia: Me encantei pelo espírito do rugby, pelas pessoas que estão envolvidas nele. Costumo dizer que é o esporte mais coletivo que existe, sozinha você não chega a lugar nenhum no rugby. 
Fernando: Sempre gostei muito de esportes. Pratiquei as mais diversas modalidades, tanto individuais, quanto coletivas. Mas gostava mesmo era de viver o esporte em equipe. Quando comecei a praticar o rugby o ambiente amistoso foi o que mais me chamou a atenção. É diferente desde o primeiro treino. Em outras modalidades existe muita competição, mesmo fora de campo. No rugby existe sim muita competição em campo, principalmente pelo contato físico, mas fora de campo as relações são muito mais amigáveis. Aí fui me apaixonando por esse ambiente, além de gostar muito do jogo propriamente dito e da superação e dedicação que ele exige. 

Qual sua impressão sobre o time Feminino e o Masculino?
Júlia: As duas seleções estão evoluindo bastante. São dois grupos com jogadores apaixonados pela modalidade e que se doam ao máximo para representar da melhor forma o Brasil. As seleções estão crescendo a nível internacional, quanto mais tivermos oportunidades de jogar campeonatos fortes, mais iremos evoluir.

Fernando: Confesso que no início o rugby feminino não me agradava, mas isso mudou bastante. Hoje as vejo com bons olhos e me orgulho do que a seleção feminina fez e está fazendo dentro do cenário do rugby sul-americano e mundial. Sobre a seleção masculina sou muito suspeito pra falar. Vivi tão intensamente cada passo da seleção nos últimos 14 anos, que minha história de vida se confunde com as atividades da seleção. Tenho um orgulho enorme. Não tivemos tantas conquistas expressivas historicamente, mas quebramos alguns tabus e colocamos a seleção em maior evidencia. Acho que evoluiremos muito mais, mas isso demandara ainda muito trabalho, perseverança e principalmente paciência. 
Quais os pontos fortes das equipes? 
Júlia: Acredito que quem pode analisar melhor o time masculino é o Portugal (capitão da equipe), mas sei que eles tem jogadores muito habilidosos e lutam muito dentro de campo. A equipe feminina tem como ponto forte a defesa e a união do grupo. Desterro Rugby Clube - Meu clube é um dos únicos times de ponta do Brasil que não tem uma sede, um campo próprio para treinos e jogos. Mas isso não tira a vontade dos jogadores, somos mais de 70 jogadores (entre adulto masculino e feminino e juvenil) e somos tricampeões brasileiros de XV masculino e o feminino é o atual campeão brasileiro de 7´s. O ponto forte do meu time é a vontade dentro de campo. No feminino o coletivo e a defesa se sobressaem.
Fernando: Cada equipe tem suas fortalezas e debilidades. Podem ser mais velozes e habilidosas e criarem, ou procurarem mais os espaços da defesa adversária, ou ter um jogo mais físico e frontal, enfrentando dentro de uma proposta de um contato físico mais intenso a defesa do adversário. Podem ainda ser mais, ou menos eficientes no jogo parado, que são a partir das formações fixas de lateral e scrum. Enfim, cada equipe, de acordo com as características de seus jogadores, desenvolve suas fortalezas de uma maneira bem específica. Meu clube possui muitos jogadores com alta qualidade técnica. É uma equipe veloz e que aproveita muito bem os erros e falhas da equipe adversária. Os jogadores são comprometidos e a grande maioria se dedica inclusive fora dos treinos de rugby, fazendo academia e mantendo uma alimentação balanceada, o que faz total diferença no desempenho. O clube possui excelente campo de treino e materiais suficiente para uma boa prática, além de uma equipe humana de treinadores, gestores e dirigentes muito completas e profissionalizadas. Trabalha intensamente com as categorias de base e desenvolve um projeto social incrível. O ponto forte do meu time é a velocidade e qualidade técnica e física dos atletas e saber aproveitar as falhas adversárias 

O Rugby foi aprovado para as Olimpíadas de 2016, o que isso representa para você? E o que você acha que isso muda no relacionamento do público com o esporte? 
Júlia: O rugby voltando a olimpíada faz com que o esporte receba mais incentivo e com isso a tendência é crescer cada vez mais no Brasil e no mundo. Eu espero que com relação ao publico, eles conheçam o rugby como um esporte de princípios, e se isso acontecer o relacionamento com o público vai ser o melhor possível.
Fernando: Ainda me lembro do momento em que recebi esta informação. Comecei a chora. A sensação era de que finalmente deixaríamos de ser uma modalidade marginalizada e passaríamos a ter o reconhecimento merecido. Isso mudou completamente o cenário. O único motivo para o brasileiro não gostar de rugby era porque não conhecia. A medida que se conhece, pode-se fazer a escolha de gostar, ou não. E com a inclusão do rugby nos Jogos Olímpicos, justo na edição do Rio de Janeiro, trouxe um maior interesse da mídia especializada, que passaram a mostrar mais a modaldiade e, consequentemente, fez com que o povo brasileiro tivesse mais contato e conhecesse mais o esporte. Agora é uma questão de tempo e de um trabalho sólido e seguro para que o rugby se torne definitivamente uma opção de modalidade entre as crianças e jovens do nosso país. 

O que levou o Rugby de volta para as Olimpíadas? 
Júlia: Para um esporte virar olímpico ele tem que ser praticado em mais de 50 países por homens e mulheres. O rugby é o segundo esporte coletivo mais praticado no mundo e enche estádios em todos os cantos. A modalidade sevens é dinâmica e fácil de entender, com certeza vai fazer sucesso nas olimpíadas.
Fernando: É o segundo esporte coletivo em maior número de praticantes no mundo. A quantidade de paises filiados, que possuem equipes femininas e masculinas preenchem os pré-requisitos do COI e tem todas as características necessárias para ser um esporte olímpico, além de carregar em sua alma os valores pregados pelo universo olímpico dos esportes. 

Qual a sua avaliação sobre a preparação feita para os jogos olímpicos? 
Júlia: O rugby esta crescendo no Brasil, a CBRu esta buscando parceiros e estrutura para proporcionar a melhor preparação possível para as seleções, porém não é de um dia para o outro que se formam atletas olímpicos.
Fernando: Existem falhas, mas estamos no caminho certo. Tem muita gente trabalhando e querendo fazer com que o rugby e o Brasil sejam bem representados nos jogos. Não nos tornaremos no melhor país do mundo nos próximos 3 anos, mas faremos um bom papel. 

O que você poderia dizer sobre a evolução do Rugby brasileiro? 
Júlia: Estão surgindo vários clubes no Brasil e a modalidade esta cada vez mais na mídia, por isso o rugby vem crescendo tão rápido no Brasil nos últimos anos. O importante é que este crescimento tenha uma base, pessoas qualificadas para desenvolver bem a modalidade nos clubes e passar os princípios, o espírito do rugby.
Fernando: O rugby brasileiro está evoluindo muito, mas num momento em que o rugby mundial também evolui a passos largos por conta da profissionalização. Mas estamos num bom caminho, principalmente quando pensamos na estrutura do rugby e no número de praticantes e de entusiastas desta modalidade. O caminho até chegar entre as grandes potências do esporte é longo demais, mas se continuarmos crescendo como fizemos nos últimos anos, um dia chegaremos lá. 

Como você imagina o Rugby no futuro? 
Júlia: Um esporte conhecido no Brasil, com crianças praticando desde cedo e com clubes bem estruturados.
Fernando: Tudo o que tem acontecido superou minhas maiores expectativas de quando comecei a jogar. Então, como o limite já foi quebrado, posso sonhar com o mais alto dos sonhos. Um esporte forte no Brasil, campeonatos nacionais e regionais muito competitivos, transmitidos pela tv e com enrome público presente o jogadores profissionais se dedicando exclusivamente a isto e uma seleção disputando entre as maiores forças do rugby mundial.

Fernando: Tudo o que tem acontecido superou minhas maiores expectativas de quando comecei a jogar. Então, como o limite já foi quebrado, posso sonhar com o mais alto dos sonhos. Um esporte forte no Brasil, campeonatos nacionais e regionais muito competitivos, transmitidos pela tv e com enrome público presente o jogadores profissionais se dedicando exclusivamente a isto e uma seleção disputando entre as maiores forças do rugby mundial.
Para as mulheres que tem interesse em iniciar carreira no esporte, quais as dicas que elas devem seguir? 
Júlia: Procurem um clube com pessoas qualificadas, procurem fazer algum tipo de preparação física e deem uma chance para o esporte, vocês vão se surpreender. 
Você vê um crescimento no número de praticantes do esporte com um incentivo maior vindo do governo? 
Fernando: Não sei se tem relação direta. Quem trabalha pra esse crescimento são os clubes já existentes e os que surgem. Talvez uma contribuição do governo para este aumento no número de praticantes seria colocar na grade escolar da educação física. 

01/05/2013

“Saneamento básico não concebe voto, água tratada é luxo”, afirma Jimenez

Eaí, Pessoal? Esse semestre na faculdade estou (com meu grupo, claro) realizando entrevistas com algumas pessoas de editorias especificas, e hoje no Dia do Trabalho trago uma Jornalista Econômica e alguns assuntos debatidos na nossa conversa. Confira abaixo.

Foto:Reprodução

Carla Jimenez graduada em jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero em 1991, já trabalhou em veículos de destaque na imprensa brasileira, tais como a Revista Pequenas Empresas e Grandes Negócios, a Revista Veja, e no Estado de São Paulo, atualmente é editora de economia da Revista IstoÉ Dinheiro. Sua carreira iniciou na década de 80, antes mesmo de concluir a faculdade, enquanto cobriu as primeiras eleições do Chile após a ditadura.
Com uma carreira sólida dentro do jornalismo, Carla faz uma análise da evolução da economia do Brasil nas últimas décadas, passando por diversos fatores que influenciaram o crescimento do país.  Ela discorre sobre os pontos determinantes e que mudaram a história do país que deixou de ser um lugar esquecido no mapa e passou a ganhar destaque na economia mundial.
A jornalista é enfática ao apontar os problemas sociais ainda presentes no Brasil e a maneira pela qual, se resolvidos, poderiam colocar o país nas primeiras posições do ranking das principais potências econômicas do mundo.

Quais são os grandes desafios socioeconômicos que o Brasil enfrenta?
Carla- Eu ficava falando para o meu chefe que a gente tinha que dar matéria sobre saneamento básico. Ele falou “o que a gente vai fazer de saneamento básico?”. Saneamento básico é uma área que ninguém investe e tem um mercado gigantesco. Eu vendi a história do saneamento para ele como business, 80% das casas desse país, não têm privada, isso é ridículo, nós moramos em São Paulo e tem um monte de gente que está lotando o hospital público com diarreia, isso é um absurdo, isso é uma vergonha, um  país que se acha metido a besta, não ter água tratada para tanta gente. Eu ficava ali na orelha do meu chefe até ele se convencer. Daí a primeira matéria, depois a gente fez mais uma matéria, agora veio uma terceira. Não são tantos jornalistas que dão bola para saneamento básico. Os políticos não dão bola porque não é um negocio que dá voto, a mídia não dá bola porque não é algo que dá leitura. Começaram parcerias publico/privadas, os empresários estão investindo, eu conversava com as empresas e elas falavam “a gente quer, a gente tem bilhões pra investir”. É um bom negocio, dá mais dinheiro que investir em rodovia ou em porto que é o que está na moda.

Qual o cenário da educação no Brasil?
Carla - O Brasil investe muito mal em educação, esse é um problema que afeta as empresas. Agora elas têm que contratar gente e não têm gente qualificada para contratar. Ainda que pareça um assunto distante, não é. Hoje o meu desafio é mostrar o quanto os empresários têm que cobrar o governo e o congresso pra que haja um desenvolvimento coerente da educação nesse país, porque eles estão sendo apertados, eles não tem quem contratar, não tem mais gente qualificada, um país desse tamanho não tem gente com qualidade mínima, o professor que ganha mal é um problema da empresa também.

Como você avalia os presidentes nas últimas décadas?
Carla- Eu vejo nas eleições e eu fui compreendendo muito também, como eu vivi isso muito intensamente, a redemocratização brasileira. O Collor, depois o Tamar, depois o Fernando Henrique e depois o Lula é uma aula para quem se interessa, eu nunca deixei de ler, de estar ativa, conversando, discutindo sobre isso. Com o Collor perdeu-se a ingenuidade de cara, de achar que ia ter um salvador da pátria, foi um verdadeiro baque, a ponto de até a Globo se juntar a juventude pra tirar o cara, veio o Fernando Henrique, que foi um excelente presidente, do ponto de vista econômico o cara é brilhante, ele fez coisas que tinham que ser feitas, estabelecer limites para o gasto público, ele deu transparência para os gastos do governo, é lei isso. Nenhum governo pode ir lá gastar e não avisar o que está gastando também, ele é um cara que foi necessário. É que chegou um ponto que eu não gostava da posição dele, o PSDB tratava a geração como uma geração perdida, e o Lula veio e disse “não a gente salva os que estão aí”, aí que eu brinco que foi a lei Áurea da economia. Quando ele criou um jeito, um círculo virtuoso que é aumentar o salário, porque vão comprar mais, e a empresa vai investir mais por que o cara tem dinheiro, entende? São dois caras muito importantes.

Nos últimos oito anos, a média de crescimento do PIB, foi o dobro da média dos últimos 25 anos. O Brasil está se fortalecendo de fato no cenário mundial ou é apenas uma fase passageira?
Carla- O Brasil está de fato se fortalecendo no mercado mundial e a gente tem que agradecer todos os dias à existência de dois presidentes nesse país, Fernando Henrique Cardoso e Luís Inácio Lula da Silva. O Fernando Henrique falou assim “pra trabalhar o governo tem que ter transparência das contas públicas, todo mundo tem que saber quanto o governo está gastando, governador não pode gastar mais do que tem” isso existia aqui e é um absurdo, o prefeito gastava os tubos e deixava a conta para o próximo, um dreno do dinheiro público. Para pagar a conta o que o próximo fazia? Emitia dinheiro, igual ao homem que copiava, ele ia lá e criava só que não tinha um lastro para aquilo. Sim de fato, se o PIB cresceu mais esses oito anos, o Fernando Henrique deu a base para que isso acontecesse. Hoje temos uma poupança que se chama Reserva Internacional, na época do Fernando Henrique ainda era pouquinha, mas ele criou uma dinâmica para que fosse aumentando essa poupança e foi o que o Lula de maneira inteligente fez, manteve e hoje nós temos reservas que nos garantem uma estabilidade. A reserva internacional é uma das coisas que dão a nota para o Brasil como país, por agências de classificação de risco. Só essa questão da reserva já nos tornou muito mais confiáveis. Antigamente o risco país brasileiro era muito grande. Agora não, o nosso risco é pequeno, é fruto desses dois caras, de uma política de estabilidade, o Fernando Henrique foi o único que conseguiu depois de séculos conseguiu controlar a inflação.
  
Quais foram os principais erros dos governos FHC e Lula?
Carla- Do Fernando Henrique pra mim ficou muito claro, ele inclusive reconheceu em uma entrevista que deu para a Época esses dias, ele não tinha feito cálculo de quanto o investimento social era importante. Não me surpreende porque eles sempre falavam de maneira arrogante, “geração perdida”, eu odiava essa frase, foi o principal erro e ele sabe disso. Eu acho que ele errou apoiado pela sociedade de não se abrir mais para o mercado, de não fechar acordos comerciais, esse tipo de coisa que era importante, isso faria com que a gente fosse muito mais competitivo hoje nas nossas empresas.
E do Lula, os erros que eu vejo dele, é não ter sido mais sério com as coisas da corrupção e com a educação. Outro dia eu entrei em um debate no facebook sobre isso e disse que os dois foram necessários, chefes de estados excelentes, mas os dois foram péssimos com a educação. Esse foi um erro imperdoável! Fizeram essas palhaçadas de ENEM, aquelas baixarias de receita de miojo, isso é uma coisa que me revolta e olha que a Dilma está investido bastante em educação, mas eu acho aquele ministro dela um lixo, eu detesto o Mercadante, acho ele um cara que está focado em eleição e não em fazer direito as coisas que ele tem que fazer.

E isso aconteceu justamente na educação que seria a base para o progresso...
Carla- A Coréia do Sul quando quis ser um país grande estabeleceu uma revolução dizendo o seguinte “profissional mais bem pago da rede coreana será o professor”, aqui hoje a babá está ganhando mais que o professor, isso é sacanagem! Uma professora tomou uma cadeirada quando apagaram as luzes, o que é isso? Isso é deprimente!

Falando um pouco desses eventos que nós vamos receber, como a Copa do Mundo e Olimpíadas. Você acha será importante para a economia?
Carla– Vai ser importante por duas coisas, se for mal vai ser excelente, porque no fundo nós ficamos aqui reclamando e ficamos desesperados de passar vergonha nessas horas. O Lula é um cara que vai morrer e todas as gerações vão estudar sobre esse cara, porque a partir do momento que ele batalhou por isso, sabe o que aconteceu? A infraestrutura que nunca andou nesse país foi obrigada a andar, porque já comprometeu lá fora, se não existissem esses dois eventos, uma série de coisas no Brasil não teria andado como: privatização de aeroporto que era um tabu no Brasil, concessão e privatização de rodovias, portos e etc. Isso só está acontecendo porque temos um compromisso internacional para cumprir. O Brasil está se debatendo com suas próprias falhas, os próprios comodismos. O Brasil está sendo obrigado a falar da cultura da excelência, tem que ser um país aberto, porque tira da zona de conforto e em termos capitais está atraindo capital, as concessões andaram.

Você acha que se o Brasil tivesse menos corrupção estaríamos mais perto de ser a quarta economia do mundo?
Carla- Uma vez eu conversei com um consultor especializando em BRICS (China, Índia Rússia e Brasil), ele visitou todos os países e perguntei “a china tem tradição milenar, a índia tem isso, a Rússia tem aquilo, e a gente é tão novinho que tradição a gente tem?” Ele me respondeu “Carla você quer mais que os índios nos deixaram? A preservação no meio ambiente, isso não tem preço em lugar nenhum”. É o único país capaz de alimentar o mundo que não para de crescer. Somos sete bilhões e a expectativa é que em 20 anos sejam mais dois bilhões de pessoas. Temos o básico da humanidade que é o alimento!  Como é que você vai se alimentar de Ipad, de máquinas industriais? A gente tem COMIDA!

A Vale foi privatizada e se fala sobre a reestatização da Vale. Você acha que seria bom?
Carla- Não, acho que não, e se você me perguntasse sobre a Petrobras ser privatizada, eu acho que não também, acho que as duas coisas devem conviver, a Petrobras estatal e a Vale privatizada. As duas são super fiscalizadas e são super eficientes, então elas tem que existir sim, todos os países podem ter sua empresa de petróleo estatal por que a gente não poderia ter? A Vale, deixa ela ser privada,qual é o problema? As duas podem conviver muito bem. Não acho que ela deve ser estatizada de jeito nenhum, ela é extremamente eficiente. Tem erro de gestão? Tem, até porque caiu o faturamento de minério no mundo, mais é muito bom que elas existam, para poder existir esse debate, a Petrobras vai ter que provar para sociedade que ela é publica e eficiente ao mesmo tempo. Se tudo privatizado é ruim, tudo estatal também é ruim.

O Bolsa Família é um programa eficiente?
Carla- O Valor fez uma matéria, e isso você pode achar também para argumentar, mostrando o número de famílias que saíram do Bolsa Família. Claro que tem gente que é sem vergonha, que é preguiçoso em qualquer comunidade. Em qualquer lugar, em qualquer profissão, isso não é exclusividade dos pobres que precisam do Bolsa Família. Existem famílias que vão saindo, porque os caras não tinham uma perspectiva de vida, de repente os caras começaram a comer, ter dinheirinho para ter um batom. A Marie Claire fez uma matéria sobre o Bolsa Família e o papel para as mulheres, a volta da autoestima. É lindo, é lindo. Tudo que sai de Bolsa Família eu vou lendo. As pessoas depois que já passam essa fase de “puxa comi”, se refestela. Com o mínimo de quem nunca teve acesso, o que acontece? Quer mais, essa é a natureza humana. O Bolsa Família virou em comunidades que não tinha nada, o mais esperto montou um ‘negocinho’ para vender. Precisou contratar alguém e esse alguém saiu do Bolsa Família. E isso foi acontecendo. Por isso eu falo que o Lula é genial nessa parte, o cara nasceu na miséria, ele sabe.

12/04/2013

Dia da entrevista

   Esse semestre na faculdade precisamos entrevistar alguns jornalistas de diferente editorias. Hoje eu e meu grupo entrevistamos um Jornalista Cultural, em que trabalhou no Estadão, Tv Cultura, Rádios e Revistas.


Foto: Reprodução

   Vários e-mail's foram enviados, mas não recebíamos retorno. Um belo dia (começo de redação do primário) chegou a notícia: Ele respondeu e aceitou. (vários pulos de alegria, vocês não imaginam a emoção de obter um retorno.). 
   Depois da confirmação vem a loucura, pesquisar a vida/obra do jornalista e traçar um perfil. Logo, a preparação das perguntas e ficar por dentro do assunto. Não esquecendo da correria que é faculdade. (é um caos, mas conseguimos sobreviver!)



                 Foto: Reprodução


   Chegamos ao local marcado meia hora antes, escolhemos uma mesa e sentamos. Na hora de sentar, esbarrei na mesa ao lado (desastrada) e derrubei o recipiente que ficam os adoçantes e açúcares. (Ainda bem que não foi o café da mulher. rs). Pensávamos que íamos tomar café da manhã, mas para nossa surpresa e tristeza do nosso estômago, ele tomou em casa. Então, começamos a entrevista imediatamente. Trinta minutos depois, chegamos ao fim, depois de aborda alguns temas, como: O que levou a trabalhar com jornalismo cultural, o que influencia ou influenciou na vida dele, sobre a cultura no Brasil, pontos importantes da carreira dele e até mesmo falamos de redes sociais, em que é viciado. Ah, ele foi super atencioso, simpático e compreensível. Adorei!
Uma hora ele disse: Ah, vocês vão ter que decupar a entrevista?
Respondemos: sim 
Ele: Ainda bem que fui claro e objetivo.
Perguntamos sobre o site dele, mas disse que está excluindo e transformando em blog, pois não quer mais a responsabilidade de compartilhar notícias. Procura falar do que ele quiser, como se fosse um diário. Estou falando isso, porque o meu foco nesse blog é realmente o mesmo. (já que nunca falei sobre o que pretendo com o blog)
   Ah, não poderia deixar de contar, mas quando ele foi embora, levantamos para almoçar. (estávamos morrendo de fome) Nisso existiam lustres pendurados em cima da mesa, quando a Nayla levantou, bateu a cabeça com tudo no lustre e depois de rir dela, aconteceu a mesma coisa comigo. (desastradas mode:on). Almoçamos e fomos pra casa e algumas pro trabalho, mas aliviadas por ter conseguido a entrevista e por se livrar de um trabalho. Cheers!
    ... É, estou terminando mais um post, encontro vocês no próximo. Depois que realizar a decupagem, posto algumas partes para vocês.